sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Da série "Eu mereço"

Vendo um canal de publicidade na televisão, eis que uma loja de ventiladores, expondo e propagando seus mais diversos modelos, anuncia:

- Estes aqui são ventiladores ideais para você... que tem uma igreja, que tem uma loja comercial, blá, blá, blá.

Pausa. Vamos recapitular: "você que tem uma igreja"?

Será que todos prestam atenção no que dizem? Ou melhor, no que ouvem? A sociedade de consumo já incorporou a realidade, e vice-versa, mas acho que eu ainda não incorporei o discurso.

Não vou tratar aqui dos meandros teológicos, morais e éticos da questão. O fato é que está mais claro e cristalino do que nunca: igreja virou negócio. E dos bons, pois na concorrência cruel da atualidade, é um dos mais lucrativos setores de serviços do momento, sobretudo porque ainda são isentas de impostos!

Tudo isso parece nos dizer, meus caros, que quando tudo der errado para você, não basta orar ou buscar a fé em alguma instituição religiosa, mas sim, criar e ser 'dono' de sua própria igreja...

Se você tiver competência de oratória e convencimento, quem sabe em breve não estará comprando horários comerciais na TV para propagar sua seita, divulgando vitórias e prosperidades?

E no calor amontoado das aflições, caso você precise, depois de hoje eu posso te indicar onde você deve procurar para melhorar o clima do ambiente. Parecem ser ventiladores eficientes...

...................................................................................

sábado, 5 de dezembro de 2009

O ano passou e eu nem vi!

Há cinco dias comemoramos um ano de criação deste blogue. Passou e eu nem me lembrei!

De qualquer sorte, em tempo, agradeço a todos que aqui estiveram, principalmente, aos que batem o ponto!

Um abraço aos meus queridos e cativos leitores: espero (só espero, por isso não prometo) estar mais disponível aos meus delírios diários!

Rogo que eles virem letras, palavras e frases de certa (in)utilidade à nossa realidade!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Eu não tenho tv a cabo, mas me divirto!

Ultimamente meus posts têm acontecido fora da sombra, em qualquer lugar, principalmente, em conversas despojadas de seriedade com alguns amigos.

Mas assistindo a tv - ai, ai... a gente vê é coisa na televisão! -, uma matéria me deixou atenta e quero dividir aqui: a moda da subcultura vampyrica.

É a nova onda do momento, alimentada principalmente pela saga "Crepúsculo", da autora Stephenie Meyer. Com identificação ao tema de vampiros bonzinhos, muitos jovens estão se travestindo de vampiros, seguindo arquétipos do vampyrismo (opa, deve ser com y mesmo!), mergulhando de corpo e alma - e nada de sangue - no seu "repertório simbólico"...

Eles têm vida cotidiana comum, mas suas práticas pessoais sagradas são baseadas na "cosmovisão do neopaganismo". Sabe-se lá o que isso deve significar! O que me supreende é o modo como eles se apresentam, com recursos imagéticos que fogem à nossa mais inventiva idéia...

Será que estamos exagerando? Fiquei pensando como é que conseguimos tantas possibilidades de existência, criando práticas socioculturais das mais diversas. Essas coisas sempre me intrigam!

Não quero ser estóica, no entanto, não posso perder a piada de uma amiga ao conversar sobre o assunto: "o mundo está de cabeça para baixo... como os morcegos!"

Piadas à parte, o que me alivia é a poesia. E Cecília Meireles nos diz que "a vida só é possível reinventada".

................................................................................................

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

O folclórico "o rapaz"!

Ontem, no almoço em um restaurante popular aqui em Salvador, ao chegarmos ao estabelecimento, o garçom foi de pronto avisando:

- Não tem lambreta. Acabou. Mas o rapaz saiu para comprar e logo, logo deve estar chegando...

Eu disparei a rir. Sempre achei engraçado essa coisa de "o rapaz". É sempre assim. Você chega na banca da feira, que até parece abandonada, e, ao perguntar quem atende, o vizinho da barraca responde:

- É do rapaz. Ele foi ali, mas já volta...

Isso vale para tudo: fila de táxi, lojas, bares ou funcionários de qualquer lugar, principalmente, se for em serviço público. Já percebeu que a única pessoa que sabe dar a resposta que você precisa é "o rapaz, que saiu e volta já"? Ele nunca está, e nunca chega...

Do mesmo modo, há outras engabelações. Por exemplo, enquanto você espera ansiosa e demoradamente pelo pedido feito ao garçom desde que chegou ao restaurante, responda rápido: o que ele faz após a sua reclamação?

Se você é alguém que presta atenção, vai acertar: ele traz os pratos e os talheres!

Confesso que há um tempo atrás eu ficava consternada. Contudo, ultimamente, tenho achado graça! E, então, comecei a rotular folcloricamente esses momentos, como numa coleção particular, colocando no baú das piadas que a vida me prega.

Há diversas figuras folclóricas como "o rapaz", assim como velhas respostas prontas, dotadas de uma psicologia rasa para aplainar as ansiedades da clientela. Não há quem nunca ouviu o velho e bom:

- De ter, até tinha... Mas acabou!

Então, aproveitando que estamos em agosto, o mês do folclore, que tal dividirmos aqui os nossos báus de momentos folclóricos?

Só para constar, é claro que após algumas horas depois eu perguntei pelas lambretas. E o garçom me disse:

- A uma altura dessa, acho que o rapaz não achou para comprar...


...................................................................................................

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Passeata Virtual...

Você já ouviu falar em "passeata virtual"? Isso mesmo! É o que está acontecendo nestes tempos, organizada pelo Movimento Fora, Sarney!.


Ocorre assim: os internautas enviam mensagens para todas as caixas postais dos nossos senadores, com vias a lotar seus emails com protestos em prol do movimento. De igual maneira, também são enviadas e postadas mensagens em diversos meios eletrônicos de comunicação, como blogs, Twitter, SMS etc.

Não sei se realmente funcionará como da forma tradicional, e fiquei a pensar no que isso pode dar. Indubitavelmente, há uma adesão numerosa de participantes; quem sabe até mais do que de fato ir às ruas. Mas será que isso não reflete um algo mais em relação à nossa participação política?

Desde os tempos ditatoriais, não temos visto movimentos de reais adesões políticas por parte da população, tendo em vista o nosso comodismo alienado e os apelos midiáticos diários, em nome de uma imparcialidade duvidosa. Isso, de qualquer forma, implica os modos contemporâneos de nossa reivindicação de direitos e aplicação de deveres enquanto cidadãos, em relação ao cotidiano descaso e desinteresse quanto ao assunto.

Só não podemos negar que a criatividade não tem limites e que, com certeza, através dela estamos tentando nos adequar politicamente à dura realidade. Mesmo que de modo virtual...


--------------------------------------------------------------------------------

sexta-feira, 1 de maio de 2009

A Corrida do Ouro.

Esta reflexão vem a pedidos, após uma conversa bastante legal com um amigo. Foram muitas as filosofias de botequim sobre as reviravoltas profissionais que acontecem no mundo de hoje. Um dos assuntos que geram boas discussões nas rodas que frequento é falar acerca de concursos públicos. Há pessoas que já levam o adjetivo "concurseiro" no sobrenome. Quase todo mundo já fez ou fará um concurso na vida.

É claro que, indiscutivelmente, as pessoas querem aumentar sua qualidade de vida, principalmente se for aliada a um melhor salário e, quem sabe, melhores condições de trabalho. Pensar na estabilidade deixa a gente mais seguro e confortável, mas será que deixa a gente mais feliz?

Fico pensando sobre por que as pessoas passam cinco, seis anos estudando em um curso que escolheram para si e, em parte dos casos, ao passar num concurso, vai fazer algo diferente da sua profissão, passando algumas horas do dia em serviços meramente burocráticos, ou mesmo assumindo responsabilidades extremamente estressantes, tudo em nome de algo maior e melhor: as cifras no final do mês, a possibilidade de comprar tudo o que quer, mesmo que nem dê tempo para curtir. As pessoas te perguntam num paradoxal olhar de companheirismo e de concorrência: "E aí, vai fazer tal concurso?". É a versão pós-moderna da Corrida do Ouro...

"Selvas, montanhas e rios estão transidos de pasmo.
É que avançam, terra adentro, os homens alucinados.
E gerações e mais gerações de netos afundariam nesse abismo:
Que a sede de ouro é sem cura, e, por ela subjugados,
os homens matam-se e morrem, ficam mortos, mas não fartos."
Cecília Meireles - Romanceiro da Inconfidência

Quando eu respondo que não, porque não tem vaga para a minha profissão ou porque a função a ser desenvolvida não me interessa, aparecem as melhores justificativas e argumentações para me convencerem. Pois para muita gente isso não importa. O que importa é que vai ganhar mais e, quem sabe?, vai trabalhar menos! E, enquanto não passa nessa ou noutra vaga profissional de cinco dígitos, vai vivendo e fazendo concurso. Um atrás do outro.

Não se trata aqui de negar a busca pelo sonho de melhorar a vida, mas sim, de não vivê-la somente em nome de uma ambição desmedida. Ora, eu passei tanto tempo estudando e me formando para quê, senão para trabalhar naquilo que escolhi? Conheço pessoas que já perderam (ou venderam?) a sua identidade profissional! Em face de quê?

Eu tenho um amigo que se sente um excluído social porque não faz concurso público. E eu só não compartilho totalmente com ele porque, por exemplo, sou concursada... Contudo, justifico que, embora inserida em realidades difíceis e longes dos cargos, funções e salários idealizados, felizmente, eu trabalho em minha profissão. Sim, eu não ganho o quanto gostaria, mas faço o que gosto e o que escolhi para mim. É algo que dá melhor sentido ao meu trabalho e à minha vida.

Na verdade, escrevo essas abobrinhas todas no intuito de colaborar para que possamos fazer sempre as melhores escolhas. No âmbito do trabalho, se ela for atrelada a um bom salário, ora!, melhor ainda. No entanto, é preciso cuidado para não ser proxeneta da sua profissão, do seu trabalho, do seu emprego, da sua informação, do seu conhecimento e de sua felicidade. Pois o final é cliché: nem tudo o dinheiro pode comprar.


...........................................................................................

sábado, 18 de abril de 2009

o olhar da criança

Demorei de vir aqui, mas não deixei de ficar na sombra. E uma das situações que vivenciei recentemente foi num salão de beleza, quando eu aguardava a minha vez de encarar a tesoura. Enquanto eu estava lendo uma revista, notei que a criança que cortava o cabelo olhava fixamente para mim. No início, eu retribuí ao olhar com um sorriso, fiz uma gracinha e voltei a folhear as fotos de celebridade. Mas ela continuou.

O engraçado é que, na mesma semana, no ônibus, um gurizinho estava sentado à minha frente, no colo da mãe, e se pôs a me fitar. Ele me olhava bem no fundo e aquilo começou a me intrigar... Então eu me dei conta de uma coisa: já percebeu como as crianças ficam olhando para você fixamente nas mais diversas situações?

Acabei pensando que eu, muito possivelmente, já tenha feito o mesmo com muitas pessoas. Mas com o passar do tempo, a gente vai cada vez mais se afastando do olho-no-olho. E por quê?

Como forma de descobrir, tentei manter meus olhos fixos aos da criança. Contudo, em seguida, comecei a rir sozinha, sem conseguir sustentar aquele "lugar", pensando no que estava por detrás daquela ação.

Ao longo desses anos, sempre tentei despertar em mim a curiosidade pueril acerca da vida, do mundo e das pessoas, daquilo que é peculiar a todos nós; porém, é inevitável que acabemos por aprender a nos afastar desses posicionamentos. Talvez seja uma marca ritualística de uma passagem temporal para a idade adulta. Outras responsabilidades caem sobre nós e parece ser importante transmitir seriedade e competência.

Além disso, quando a gente mora numa cidade grande, aprende-se a olhar cegamente para os outros, como forma de ser somente alguém que passa, que cruza e - quem sabe? - lhe dá um bom dia. Não há sobrenomes ou como vai você, mas, no entanto, semeia-se o medo e a insegurança em meio a tantas atrocidades promovidas pela nossa contraditória civilização.

Isso quer dizer que crescer e amadurecer é aprender a lidar com o olhar do outro e tudo aquilo que ele pode lhe despertar, do amor ao pavor. Mas, felizmente, sempre haverá a criança ou alguém ali a lhe olhar fixamente, com a coragem que lhe é própria, de modo a nos provocar em segredo uma pergunta sobre nada e, ao mesmo tempo, sobre tudo. Sobre quem nós somos e quem nos tornamos. Talvez até sem querer respostas. Talvez somente procurando reconhecer o olhar e a sutil lembrança de quem um dia também já foi ou ainda queira ser criança.

.....................................................................................

sexta-feira, 3 de abril de 2009

estou de volta.

Peço desculpas pela longa ausência. Mas tive de me afastar por conta de um problema ortopédico no ombro e meu computador quebrado...

Agradeço a atenção de todos durante esse tempo!

Estou de volta!

sábado, 21 de fevereiro de 2009

"Deixe de ser suplente!"

Estamos em plena folia momesca e lá vamos nós falar de política, que, junto ao futebol e à religião, torna-se das mais difíceis discussões. Mas vejam só: nessa última quinta, eu estava a assistir à propaganda política obrigatória do PTC - Partido Trabalhista Cristão, quando em meio às diversas abobrinhas demagógicas, um dos "garotos-propaganda" disse:

- Chega de ser um escravo do partido: venha pro PTC! Deixe de ser suplente!

Hã? É pra rir? Pra que serve o partido político, afinal? Foi então que caiu a ficha e eu refleti que aquilo não era demagogia, e sim, a mais sincera função daquela legenda: eleger-se, nada menos e muito a mais! Ora, mas não se trata de um partido trabalhista e cristão? Onde ficaram os valores ideológicos que subsidiam e inflamam seus representantes a conquistarem a confiança e o voto dos eleitores?

Ao analisar o Estatuto do partido da legenda 36, verifiquei que tais "valores" estavam delimitados a um único artigo, o 2º, só para constar, dentre às burocráticas decisões sobre a cadeia hierárquica, permanência e competências funcionais de seus filiados partidários.

A que ponto chegamos! Pois, de um modo perverso, estamos utilizando palavras cujos signos ideológicos são dos mais fortes, no intuito de mobilizar semanticamente o cidadão comum, embora não para plataformas políticas legítimas, mas somente eleitoreiras.

Sim, meus queridos, é a morte da ideologia. Mas com direito à vista pro mar dos três poderes, como também, e principalmente, à prosperidade pululante advinda através do voto e do suor alheio e, é claro, às graças concedidas através da oração ufanista de quem ainda consegue crer nos partidos políticos deste nosso país...
..................................................................................................

sábado, 7 de fevereiro de 2009

A odisseia dos carrinhos.


Estava voltando para casa de carona com uma amiga, quando resolvemos passar rapidinho no mercado para umas compras básicas. Era início de mês e estávamos, inclusive, preparadas para enfrentar filas enormes, trabalhando desde já a paciência.

Passamos no primeiro hipermercado e logo começou a nossa saga: procuramos carrinho em toda parte e nada. Por fim, fomos informadas por uma funcionária que todos os carrinhos disponíveis estavam dentro da loja! Ou seja, nem com toda a paciência do mundo enfrentaríamos uma fila daquelas, com as compras na mão!

Então, fomos a um outro hipermercado mais próximo e, ao chegar lá: carrinhos disponíveis, oba! Eu e minha amiga nos separamos e combinamos de nos encontrar na saída. Transitando com muita dificuldade, lá fomos nós, cada uma em direção aos seus produtos necessários. Pelo congestionamento nos corredores, eu já podia imaginar o que me aguardava no caixa.

No caminho até a parte de frios, vi um amontoado de pessoas em frente à bancada de frango congelado. Estavam ávidos, porém, imóveis. Era como se esperassem o tiro inicial para uma corrida em direção a algo. Não entendi nada...

Dali, fui pegar pão, mas desisti imediatamente ao ver uma mulher batendo boca com uma funcionária, pois ela tinha visto uma baratinha circulando por ali... Ops, vamos às bolachas!

Não demorei muito e acabei meus itens. Fui em direção ao caixa rápido, mas a fila de carrinhos era imensa, tomando toda a lateral do mercado. Era a visão do inferno, algo impossível de se descrever! Olhei em volta e percebi que tinha uma fila mais ou menos vazia, com carrinhos parcialmente lotados. Pedi licença às pessoas da longa fileira e me pus a aguardar.

Minha amiga chegou logo após, porém preferiu arriscar a fila ao lado... Àquela altura, eu já estava morta de fome. Uma batata frita à minha frente estava me paquerando e eu, educadamente, comecei um mantra pessoal: "a fila vai andar, a fila vai andar, a fila vai andar". E não é que a minha fila de fato andou? Sábios chicleteiros...

Visualizei minha amiga na fila dela. Continuava parada.

Para me distrair, fui olhar ao redor (afinal, aquilo ali era uma legítima "sombra de poste"!) e me vi num mar de carrinhos de supermercado! Não somente eu, mas as outras pessoas também traziam em seus semblantes a fome, o olhar cansado de um dia de trabalho e, pior, o alívio do fim de um janeiro magro, após gastarem o 12º e o 13º salários com as compras de final de ano...

Passei minhas compras e, de repente, lá estava a minha amiga me aguardando ao final do guichê, sem compras! Em seguida, foi me explicando que seu caixa estava lento e ela era a única pessoa a se incomodar com a situação, blá, blá, blá. As pessoas da fila e ao redor lhe diziam: "não desista!, não desista!". Mas ela foi firme na decisão. E ainda me explicou o porquê das pessoas ao redor da gôndola do frando congelado: foi anunciado que ele entraria em promoção a qualquer momento...

Rindo muito da situação, saímos dali e eu falei: isso merece um post!





...........................................................................

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

BBB - Big Brother Berlim


O que é esse novo Big Brother Brasil? Muitas novidades de uma vez só: aumento do número de participantes, "inclusão social" dos idosos na mídia e, é claro, aquilo que me chamou maior atenção: um muro separando a casa em dois lados - A e B!

Em relação aos idosos, vou esperar para ver! Quanto aos "ricos" e "pobres", prefiro não comentar. Mas em relação ao muro, uma pergunta me veio imediatamente: será que foi Pedro Bial que deu a idéia?

Se eu me lembro bem, neste ano, em novembro, completar-se-ão 20 anos da queda do Muro de Berlim, que separava a Alemanha e o mundo em dois lados: capitalistas e socialistas. Adivinha qual foi um dos repórteres que cobriu, ao vivo, direto de Moscou, o momento histórico? Se pensou em Pedro Bial, acertou.

Não sei qual foi a intenção do BBB; no entanto, estou curiosa para saber como será a cobertura de Bial quando o muro do programa cair. Talvez ele esteja sentindo falta de algo mais emocionante no trabalho, além de administrar beldades e seus comportamentos na busca por 1 milhão de reais...


-------------------------------------

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Ano Nove, Vida Nove.


Chegou 2009. E com todo ano novo, vem também os clichês. Todo mundo desejando um "Feliz e Próspero Ano Novo"!

Ok, eu aceito, muito obrigada. E retribuo desejando o mesmo, óbvio; com verdade e educação. Contudo, aí é que está: quantas das pessoas - que me disseram e mandaram votos e mensagens - refletiram e desejaram do fundo do coração aquilo que falaram, escreveram, ou mesmo quando simplesmente clicaram em "Fw: / Encaminhar:"?

Porque eu acho que, no fundo, no fundo, além de morar Ulisses Guimarães (como diz um amigo de meu namorado), a gente nunca muda. Fica sempre a mesma promessa e, de voto em voto, de desejo em desejo, para si e para o outro, a gente fica o mesmo. Um ano mais velho, mas repetidamente o mesmo.

É claro que eu estou exagerando um pouco(?) na reflexão e na mesmice; porém, vem cá, fala sério: o que você realmente pensou e refletiu naquela hora dos fogos no céu? E na hora do abraço amigo? E na hora do longo beijo em seu amor? E nos cumprimentos sorridentes ao lado das pessoas mais queridas, ao tempo que, para alguns, entre muitos desconhecidos?

Confesso que eu fiquei rindo. Rindo de mim, ao lado das pessoas que amo e no meio da multidão de gente. Acho engraçado esses rituais. Era uma alegria, uma empolgação, um pula-pula... E o ano simplesmente mudou com o passar dos segundos. Não sei quanto aos outros, mas eu pude sentir.

Simplesmente sentir. Talvez o belo esteja aí. E isso deve ser a possibilidade de mudança batendo na porta do coração: Ano Nove, Vida Nove. Noves fora: Ano da Vida.

Feliz Vida para vocês em 2009!


.........................................................................................