segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Então é Natal...

Para a população de lojistas e comerciantes, por exemplo, significa Papai Noel, festas, confraternizações, presentes, aumento no faturamento e, ainda, para infelicidade geral da nação de todos os meu eus: significa tocar Simone em todos os toca-discos e alto-falantes!

Não tenho nada contra a excelente cantora, sobretudo porque é minha conterrânea. Inclusive, sei que o álbum “25 de dezembro” também se refere ao seu aniversário e que a música-tema deste post propõe uma reflexão, blá, blá, blá... Todavia, pelamordeDeus, fica aqui o meu protesto: eu não agüento mais! Todo ano é isso.

O mais engraçado é que, comentando com um amigo a respeito dessa minha opinião, eu estava a reclamar que não suportava mais esse CD em todos os lugares, nos mercados, nos corredores, nas padarias e nas milhares de festinhas de confraternização, com amigos secretos e sacanas, aquelas coisas todas... E ontem, no dia seguinte à conversa, ele passou aqui em casa para sairmos e aproveitou para me dar um “presentinho” (na verdade, aproveitou para repassar-me algo que ele ganhou na confraternização da empresa e que se lembrou de mim imediatamente). Adivinhem?


Sim, pessoas, “ganhei” o tal CD.

Respirei fundo e continuei o assunto dizendo que tudo bem, que a gente sempre ouve aquela coisa de “é uma lembrancinha, mas é de coração”; só que não pude resistir e logo perguntei se tinha sido fruto de algum amigo sacana. “Não, pior é que não foi”, respondeu. Então eu disse que o amigo sacana era ele, ora! E caímos juntos nas gargalhadas...

Só que, por fim, eu fiquei a me perguntar sobre o que esse CD tem de tão tão? Por que será que essa época traz essas medíocres repetições? Afinal, Natal diz respeito ao aniversário de Jesus, figura principal da festa, fato mais importante e que poucos anunciam. É óbvio que não ajuda nas vendas, mas a mim, por exemplo, revela-me a possibilidade de mudanças e renascimento a cada ano, com todas as epifanias que me couber.

Sendo assim, não caberia a repetição anual daquela voz, daquelas músicas que são ouvidas mas não são escutadas, e sim, os questionamentos pertinentes aos rituais de passagem e a aberturas de novos desafios pessoais. Eu quero poder renascer, renovar e mudar para melhor. E vocês?


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Um comentário:

  1. Nine,

    Alguns tenta realmente renascer, renovar e mudar para melhor, mas o capitalismo não deixa, o capitalismo precisa vender e vender e vender, mesmo estando diante da maior crise financeira e monetária em que estamos colocando a ponta do dedo do pé, mas não se preocupe, muito em breve estaremos atolados em toda essa lama até a altura do pescoço, e creia, alguns iram se afogar, oivindo: "Então é natal..."

    Beijos

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